Qual
é a importância do controle financeiro em um gerenciamento de caixa na
pandemia?
Escrito por Fortes Tecnologia
Tempo estimado de leitura: 5 minutos
A gestão financeira
de uma organização é vital para a continuidade de seus negócios. Torna-se ainda
mais essencial possuir um bom gerenciamento de caixa na pandemia. As variáveis
de capital de giro e fluxo de caixa futuro devem ser muito bem conhecidas para
que possa reconhecer a situação presente e projetar a situação futura da
empresa.
Neste artigo, você
vai ter acesso a dicas para realizar uma exímia gestão financeira de um negócio. Em tempos de crise aguda, as soluções costumam ser diferentes dos “tempos de
paz”. Prossiga com a leitura, para conhecer as melhores formas de agir frente à
situação apresentada. Ao finalizar, você estará apto a tomar as melhores
decisões para um empreendimento. Confira!
Conhecer as demandas financeiras de um negócio é parte essencial de sua gestão. Deixar de acompanhar essas variáveis é como navegar sem uma bússola. É simplesmente impossível saber a localização atual, de onde veio, ou mesmo para aonde vai.
Nesse sentido, as duas variáveis mais importantes a
conhecer e monitorar são o capital de giro e o fluxo de caixa. O primeiro
permite visualizar a situação financeira hoje. Pode-se ter uma clara ideia de
como está a situação de recursos no presente.
Já o fluxo de caixa possibilita conhecer a situação
futura da empresa. Isso pode ser conseguido ao realizar uma projeção de quinze
ou trinta dias. Dessa forma, pode-se ter uma ação prévia a algum problema
previsto no futuro próximo.
Caso uma
situação de falta de recursos futuros seja identificada, por exemplo, ações no
presente, como desconto nas vendas imediatas ou antecipação dos
recebíveis, podem ser elencadas para solver o problema.
Quais
são as dicas para ter um bom gerenciamento de caixa na pandemia?
Como os tempos de crise são bem diferentes dos
normais, as ações necessárias para o bom andamento de um negócio também não são
as mesmas. Acompanhe o que pode ser feito em relação à gestão financeira de um
negócio.
1. Faça projeções e planeje-se
A crise causada pelo coronavírus afetou os negócios
de diferentes formas. Alguns ramos até apresentaram crescimento durante a
pandemia. Portanto, não há como seguir uma receita pré-fabricada. Cada empresa
deve ter seu estudo feito individualmente.
Nesse sentido, o ideal é analisar a atual situação
do fluxo de caixa e planejar-se a partir do resultado encontrado. De acordo com
os dados apresentados, deve-se fazer projeções considerando os três cenários
possíveis: o otimista, o pessimista e o realista. É como prega o provérbio
oriental: espere o melhor, prepare-se para o pior, receba o que vier.
2. Realize corte de gastos e redução de custos
A diferença entre gastos e custos é
que o primeiro pode ser totalmente cortado enquanto o segundo, apenas ser
reduzido. Assim, em tempos de crise severa, deve-se fazer um estudo profundo do
que é realmente necessário e cortar aquilo que não impacta no funcionamento do
negócio.
Em relação à redução de custos, a recomendação é atentar para os fixos,
que compõem grande parte do fluxo de caixa. Provavelmente,
os custos variáveis já foram baixados pela eventual redução no fluxo de caixa e
pelos auxílios governamentais, como postergação de pagamento de tributos.
3. Ofereça condições de negociação flexíveis para
clientes inadimplentes
Em períodos de crise, é comum que alguns clientes
cancelem compras ou atrasem contratos, seja por falta de dinheiro, seja por
proteção. A situação pode tornar-se preocupante se esse número for muito alto.
Para que o negócio não vá à falência pela falta de
entrada de recursos, é aceitável aproximar-se ainda mais da clientela
inadimplente e renegociar os débitos em atraso. Ceder de acordo com a
capacidade financeira atual do cliente pode ser uma medida inteligente. Atente
para a formalização do novo compromisso firmado e busque não cobrar juros
altos, pois o período é delicado.
4. Aplique e análise indicadores de gerenciamento
de caixa na pandemia
A ação de acompanhar o desempenho da empresa por
meio de indicadores já é sugerida em períodos de calmaria. Em tempos de crise,
torna-se absolutamente vital. Caso a empresa ainda não possua indicadores de
acompanhamento (o que é desaconselhável), implante-os o mais rápido possível.
Tente retroagir pelo menos doze meses para ter alguma referência.
Indicadores como fluxo de caixa futuro são muito
bem-vindos em momentos de crise. Eles permite ter uma projeção sobre a entrada
e saída de dinheiro da empresa, mesmo em um cenário desfavorável. Pode ser
interessante, também, lançar algum indicador sobre as vendas e a margem de
contribuição.
5. Procure linhas de crédito especiais para
gerenciamento de caixa na pandemia
No caso de insustentabilidade de um fluxo de caixa saudável,
uma opção viável pode ser a busca por financiamento junto às instituições
financeiras. Várias linhas de crédito especiais foram lançadas no período de
crise do coronavírus.
As condições dessas linhas são bastante favoráveis,
pois visam exatamente à ajuda ao empreendedor. Juros baixos e prazos de
carência e início de pagamento estendidos estão ao alcance das empresas. Estude
bem as opções disponíveis e contrate alguma, caso fique constatada a
necessidade de complementação financeira do caixa da organização.
6. Acompanhe as ações e incentivos governamentais
de auxílio
As empresas brasileiras não foram relegadas à
própria sorte durante a crise causada pelo coronavírus. O Governo Federal
editou duas medidas provisórias com uma série de ações para ajudar as
organizações e conter a escalada do desemprego por conta do fechamento de
empresas.
Soluções como postergação de recolhimento de
impostos e obrigações trabalhistas, suspensão temporária de contratos de
trabalho, redução de jornadas com respectiva redução de salários (sendo
complementados pelo próprio Governo) e antecipação de férias foram algumas das
medidas para prover auxílio para empresas. Aproveite ao máximo possível todos
os incentivos.
O gerenciamento de caixa na pandemia é ainda mais importante do que em
tempos de relativa normalidade. Para que haja a sobrevivência do negócio, é
absolutamente necessário o conhecimento da situação de entradas e saídas de recurso
na organização. Ou seja, a sustentabilidade da empresa depende diretamente
disso. Por meio do conhecimento do capital de giro e
do fluxo de caixa, pode-se saber a situação presente e futura do
empreendimento.
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