quarta-feira, 2 de setembro de 2015

desoneração da folha

Dilma sanciona desoneração da folha e veta alíquota para setor de vestuário

A sanção foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União desta segunda-feira (31) e o aumento da tributação começará a valer a partir de 1° de dezembro.
postado 02/09/2015 09:18:42 - 536 acessos
Após uma negociação entre governo e Congresso que durou quase seis meses, a presidente Dilma Rousseff sancionou a lei que revê a desoneração da folha de pagamento e aumenta as alíquotas incidentes sobre a receita bruta das empresas, com veto ao trecho que previa alíquota diferenciada -de 1,5%- para o setor de vestuário.
A sanção foi publicada em edição extra do "Diário Oficial da União" desta segunda-feira (31) e o aumento da tributação começará a valer a partir de 1° de dezembro.
Para justificar o veto, a presidente afirmou, em mensagem no DOU, que "a inclusão do dispositivo, ao conceder alíquota diferenciada ao setor, implicaria prejuízos sociais e contrariariam a lógica do Projeto de Lei original, que propôs ajustes necessários nas alíquotas da contribuição previdenciária sobre a receita bruta, objetivando fomentar, no novo contexto econômico, o equilíbrio das contas da Previdência Social".
A nova política de desoneração, última medida do ajuste fiscal proposto pelo governo que precisava de apreciação do Congresso, prevê a troca da contribuição das empresas para a Previdência, de 20% sobre a folha, por alíquotas que incidem no faturamento. Para o setor de serviços, por exemplo, a alíquota passou de 2% para 4,5% e para a indústria, foi de 1% para 2,5%.
Os setores de call center, transportes de passageiros, empresas jornalísticas, entre outros, vão ter tributação diferenciada.
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA
Como era: 
- Empresas pagavam contribuição ao INSS de 20% sobre a folha de pagamento
- Governo desonerou a folha a partir de 2011, mudou a base de cálculo da folha para a receita bruta e permitiu que alguns setores temporariamente pagassem 1,5% ou 2,5% sobre o faturamento, dependendo da atividade econômica
- Depois baixou a alíquota para 1% e 2%
- Após eleição, governo anunciou que 56 setores teriam desoneração permanente
Como ficou:
- Projeto de lei aprovado no dia 19 de agosto e sancionado nesta terça (1º) reduziu a desoneração da folha de salários
- Setores que pagavam alíquota de 1% sobre o faturamento passarão a pagar 2,5% e os que pagavam 2% terão de contribuir com 4,5%
- Alguns setores, como massas, pães, suínos, aves e pescados, foram isentos do aumento de tributação
- Os setores de transportes, comunicação (empresas jornalísticas e de radiodifusão), call center, calçados e confecções foram beneficiados com um aumento de alíquota menor, de 50%
- Para 2015, o impacto é mínimo porque as novas alíquotas só passarão a vigorar 90 dias depois da sanção
 VEJA TODAS AS ALÍQUOTAS DOS SETORES BENEFICIADOS PELA DESONERAÇÃO
SetorSegmentoAlíquota anteriorAlíquota sancionada pela presidenteaumento na alíquota
IndústriaAves, suínos e derivados1%1,0%-
IndústriaPães e massas1%1,0%-
IndústriaPescado1%1,0%-
IndústriaCouro e calçados1%1,5%50%
IndústriaConfecções1%2,5%150%
ServiçosCall Center2%3,0%50%
TransportesTransporte aéreo1%1,5%50%
TransportesTransporte marítimo, fluvial e naveg apoio1%1,5%50%
TransportesTransporte rodoviário coletivo2%3,0%50%
TransportesTransporte rodoviário de carga1%1,5%50%
TransportesTransporte metroferroviário de passageiros2%3,0%50%
TransportesTransporte ferroviário de cargas1%1,5%50%
ConstruçãoConstrução Civil2%4,5%125%
ConstruçãoEmpresas de construção e de obras de infra-estrutura2%4,5%125%
ServiçosTI & TIC2%4,5%125%
ServiçosDesign Houses2%4,5%125%
ServiçosHotéis2%4,5%125%
ServiçosSuporte técnico informática2%4,5%125%
ComércioComércio Varejista1%2,5%150%
IndústriaAuto-peças1%2,5%150%
IndústriaBK mecânico1%2,5%150%
IndústriaFabricação de aviões1%2,5%150%
IndústriaFabricação de navios1%2,5%150%
IndústriaFabricação de ônibus1%2,5%150%
IndústriaMaterial elétrico1%2,5%150%
IndústriaMóveis1%2,5%150%
IndústriaPlásticos1%2,5%150%
IndústriaTêxtil1%2,5%150%
IndústriaBrinquedos1%2,5%150%
IndústriaManutenção e reparação de aviões1%2,5%150%
IndústriaMedicamentos e fármacos1%2,5%150%
IndústriaNúcleo de pó ferromagnético, gabinetes, microfones, alto-falantes e outras partes e acessórios de máquinas de escrever e máquinas e aparelhos de escritório.1%2,5%150%
IndústriaPedras e rochas ornamentais1%2,5%150%
IndústriaBicicletas1%2,5%150%
IndústriaCerâmicas1%2,5%150%
IndústriaConstrução metálica1%2,5%150%
IndústriaEquipamento ferroviário1%2,5%150%
IndústriaEquipamentos médicos e odontológicos1%2,5%150%
IndústriaFabricação de ferramentas1%2,5%150%
IndústriaFabricação de forjados de aço1%2,5%150%
IndústriaFogões, refrigeradores e lavadoras1%2,5%150%
IndústriaInstrumentos óticos1%2,5%150%
IndústriaPapel e celulose1%2,5%150%
IndústriaParafusos, porcas e trefilados1%2,5%150%
IndústriaPneus e câmaras de ar1%2,5%150%
IndústriaTintas e vernizes1%2,5%150%
IndústriaVidros1%2,5%150%
IndústriaAlumínio e suas obras1%2,5%150%
IndústriaBorracha1%2,5%150%
IndústriaCobre e suas obras1%2,5%150%
IndústriaManutenção e reparação de embarcações1%2,5%150%
IndústriaObras de ferro fundido, ferro ou aço1%2,5%150%
IndústriaObras diversas de metais comuns1%2,5%150%
IndústriaReatores nucleares, cladeiras,máquinas e instrumentos mecânicos e suas partes1%2,5%150%
ServiçosEmpresas jornalísticas1%1,5%50%
TransportesCarga, descarga e armazenagem de contêineres1%2,5